Capítulo III

Formação e Extensão de cada Idade
Na História da Providência

 

SEÇÃO I

Idade de Identidade de Tempo Providencial

Que é idade de identidade de tempo providencial? Quando observamos o curso da história humana, freqüentemente notamos que certo curso histórico, semelhante ao de uma idade passada, se repete em idades posteriores, embora possa haver diferença de grau e extensão. Os historiadores, notando tais fenômenos, dizem que a história progride em uma espiral de padrões idênticos que se repetem. Contudo, eles nunca conheceram a causa. Se certa idade é uma repetição do curso histórico da idade anterior, essa idade é chamada "idade de identidade de tempo providencial". A razão para chamar a isto idade de identidade de tempo providencial será explicada mais adiante em detalhe, mas é principalmente porque todos estes fenômenos originalmente se baseiam na providência divina da restauração por indenização.

Por que, então, ocorre a idade de identidade de tempo providencial? Todos os fatos que ocorreram no curso da realização da finalidade da providência da restauração de Deus formaram a história humana. Contudo, quando certa figura central, que tem estado caminhando no curso providencial, falha em levar a cabo sua porção de responsabilidade, a idade da providência centralizada nessa pessoa finaliza. Não obstante, já que a predestinação de Deus para a vontade é absoluta (cf. Parte I, Capítulo VI), Deus institui outra pessoa em lugar da primeira e estabelece uma nova idade para restaurar por indenização o fundamento para receber o Messias. Visto que esta nova idade é uma idade de restauração por indenização do curso histórico da idade anterior, o mesmo curso da história necessita repetir-se, e assim se forma a idade de identidade de tempo providencial.

Entretanto, as pessoas encarregadas da providência da restauração devem restaurar horizontalmente por indenização todas as condições verticais de indenização pertencentes à idade anterior. Portanto, à medida que aumentam as condições verticais de indenização, com o prolongamento da providência da restauração, as condições de indenização a serem estabelecidas horizontalmente se tornam cada vez mais pesadas. Em conseqüência, a idade de identidade de tempo gradualmente também se tornará diferente em conteúdo e extensão. Esta é a razão pela qual as formas das respectivas idades de identidade de tempo não são exatamente idênticas.

Entretanto, quando classificamos por tipo os três estágios do período de crescimento, o estágio de formação é o tipo simbólico, o estágio de crescimento é o tipo imagem, e o estágio de aperfeiçoamento é o tipo substancial. Por isso as idades no curso providencial da restauração, repetindo identicamente estes tipos, reproduziram semelhantes tipos de história. Isto é, quando dividimos todo o período da história providencial da restauração, do ponto de vista da identidade de tempo por tipo, a idade providencial para o fundamento da restauração é a idade de identidade de tempo simbólica, enquanto a idade providencial da restauração é a idade de identidade de tempo em imagem, e a idade providencial do prolongamento da restauração é o período da identidade de tempo substancial.

Devemos também conhecer os fatores que formam a idade de identidade de tempo providencial. As idades de identidade de tempo se repetem porque a providência para restaurar o fundamento para receber o Messias está sendo repetida. Em conseqüência, podemos primeiramente enumerar, como fatores que ajudam a criar a idade de identidade de tempo providencial, três condições para a restauração do fundamento de fé; a figura central para este fundamento, os objetos condicionais necessários, e a extensão matemática do período. Em segundo lugar, podemos enumerar a condição de indenização para eliminar a natureza decaída a fim de restaurar o fundamento de substância.

As idades de identidade de tempo providencial formadas por tais fatores demonstram as duas características seguintes:

Primeiro, a identidade de tempo providencial se forma pelo fator do número de anos ou gerações que compõem o período matemático de indenização para restaurar o fundamento de fé. A história providencial da restauração foi a história da providência de Deus (por meio dos homens), que consistia em repetidamente restaurar por indenização o fundamento de fé. Este fundamento se tinha perdido porque as figuras centrais encarregadas da providência falharam em cumprir suas porções de responsabilidade. Foi, assim, necessário repetir a providência, para restaurar por indenização o período matemático de fé. Afinal, as idades de identidade de tempo providencial têm repetidamente formado tipos idênticos mediante a repetição de certos números de anos ou gerações. O objetivo deste capítulo é abordar as questões com respeito a este processo.

Segundo, a identidade de tempo providencial se forma pelos fatores dos fatos históricos na providência, tais como, a figura central e os objetos condicionais para restaurar o fundamento de fé e a condição de indenização para eliminar a natureza decaída para a restauração do fundamento de substância. Já que a finalidade da providência da restauração é estabelecer o fundamento para receber o Messias, a providência para restaurar este fundamento deve repetir-se, se a providência for prolongada.

Entretanto, o fundamento para receber o Messias só pode ser estabelecido restaurando, primeiro, o fundamento de fé por meio da oferta simbólica, e depois, o fundamento de substância, por meio da oferta substancial. Conseqüentemente, a história da providência da restauração tem sido uma repetição da providência de restaurar a oferta simbólica e a oferta substancial. Por isso, a idade da identidade de tempo providencial é formada centralizando-se nos fatos históricos da providência, os quais foram os esforços para restaurar estas duas espécies de ofertas. As questões com respeito a isso serão discutidas em detalhe no capítulo seguinte.

SEÇÃO II

Formação do Número de Anos e Gerações

na Idade Providencial para o Fundamento da Restauração

1. POR QUE E COMO SE PROLONGA A PROVIDÊNCIA DA RESTAURAÇÃO?

Anteriormente discutimos o fato de que a providência da restauração de Deus tinha sido prolongada de Adão a Noé, a Abraão, a Moisés, estendendo-se finalmente até Jesus. Devido à falta de fé do povo, Jesus morreu sem realizar completamente seu propósito. A providência da restauração está, pois, sendo prolongada até o tempo do Segundo Advento.

Por que, então, se prolonga a providência da restauração? Esta é uma questão que só pode ser resolvida pela teoria da predestinação. De acordo com a teoria da predestinação, a vontade de Deus está predestinada para ser cumprida de modo absoluto. Por isso, a Vontade, uma vez estabelecida, deve ser finalmente cumprida. Contudo, já que o cumprimento da Vontade centralizada em uma certa pessoa é relativo, a Vontade só é cumprida quando existe a combinação da porção de responsabilidade de Deus com a porção do homem. Em conseqüência, quando a vontade de Deus não é cumprida, porque a pessoa com a missão de cumprir a Vontade falha em realizar sua porção de responsabilidade, Deus institui outra pessoa, em uma idade diferente, em seu lugar. Ele então opera Sua providência para cumprir a Vontade sem falta. Assim, a providência da restauração é prolongada.

Devemos agora saber de que maneira se prolonga a providência da restauração. De acordo com o Princípio da Criação, Deus é o ser do número três, e todas as coisas criadas à Sua imagem e semelhança se apresentam por meio de cursos no número três, seja no aspecto de sua existência, seu movimento, seja no processo de seu crescimento. Por conseguinte, para realizar a finalidade da criação pelo estabelecimento do fundamento de quatro posições e pela execução do movimento circular, deve-se passar por três pontos, realizando as três finalidades objetivas, de acordo com a ação dos três estágios de origem, divisão e união. Entretanto, a providência de restaurar a finalidade da criação é a da recriação por meio da Palavra, e assim pode ser prolongada até três estágios, no prolongamento da providência da restauração, de acordo com o princípio da criação.

Na família de Adão, quando a "oferta substancial" por Caim e Abel terminou em fracasso, a Vontade foi prolongada três vezes, através de Noé até Abraão. Por ocasião da falha de Abraão em sua "oferta simbólica", a Vontade foi prolongada através de Isaac até Jacó. Os cursos da restauração de Canaã centralizados em Moisés ou Jesus foram prolongados por três vezes cada um. O ideal da construção do templo, devido ao erro do rei Saul, foi prolongado através do rei Davi até o rei Salomão. O ideal da criação de Deus, deixado inacabado através de Adão, foi prolongado três vezes, através de Jesus, o segundo Adão, até o tempo do Segundo Advento. Diz um provérbio: "Se não for feito na primeira tentativa, certamente o será na terceira", verificando assim o princípio encontrado em nossa vida real.

2. A CONDIÇÃO VERTICAL DE INDENIZAÇÃO E A RESTAURAÇÃO HORIZONTAL POR INDENIZAÇÃO

A figura central encarregada da Vontade da providência da restauração não pode herdar e cumprir a missão de seus predecessores, a menos que possa restaurar por indenização, todas as condições de indenização que as pessoas encarregadas das mesmas missões tentaram estabelecer no curso providencial até seu tempo. Por conseguinte, se esta pessoa falhar novamente em cumprir esta missão, as condições de indenização que falhou em estabelecer serão transferidas à pessoa seguinte com essa missão. Estas condições, historicamente acumuladas e aumentadas pelo insucesso das pessoas encarregadas da providência no curso providencial da restauração, são chamadas "condições verticais de indenização". Quando são restauradas por indenização centralizando-se em alguém que tenha uma missão específica, chamamos isto de "restauração horizontal por indenização".

Por exemplo, para que Abraão cumprisse sua missão, ele teria que restaurar horizontalmente por indenização todas as condições verticais de indenização que as famílias de Adão e Noé tinham tentado estabelecer. Os sacrifícios de Abraão, com as três ofertas de uma só vez sobre o altar, eram para restaurar horizontalmente por indenização as condições verticais de indenização, que tinham sido prolongadas através dos três estágios de Adão, Noé e Abraão. Por conseguinte, as três ofertas simbolizavam todas as condições que Adão e Noé tinham falhado em estabelecer, e que o próprio Abraão devia estabelecer.

Visto que Jacó tinha que estabelecer a condição de restaurar por indenização, ao mesmo tempo e horizontalmente, as condições verticais de indenização para as 12 gerações desde Noé até ele mesmo, teve 12 filhos e multiplicou-os em 12 tribos. Do mesmo modo, Jesus também teve que restaurar por indenização, horizontalmente e ao mesmo tempo, centralizado em si mesmo, todas as condições verticais de indenização deixadas sem cumprir pelos numerosos profetas encarregados da providência da restauração no curso dos 4000 anos de história providencial

Por exemplo, Jesus instituiu os 12 apóstolos e 70 discípulos para restaurar por indenização, centralizado em si mesmo, as condições verticais de indenização pertencentes ao curso de Jacó, no qual Deus operou Sua providência, centralizando-se nos 12 filhos e 70 parentes, e do curso de Moisés, no qual Deus operou Sua providência centralizando-se nas 12 tribos e 70 anciãos. Além disso, os 40 dias de jejum e oração de Jesus foram para restaurar por indenização (ao mesmo tempo e horizontalmente, centralizado em si mesmo) todas as condições verticais de indenização no estabelecimento dos 40 dias de separação de Satanás, necessários para estabelecer o fundamento de fé. Encarada sob este aspecto, uma pessoa encarregada da providência da restauração se apresenta não somente como um indivíduo, mas também como a representação de todos os santos e profetas que estiveram anteriormente na terra com a mesma missão. Ao mesmo tempo, ele representa a soma total do fruto histórico de todos eles.

3. RESTAURAÇÃO HORIZONTAL POR INDENIZAÇÃO EFETUADA VERTICALMENTE

Estudemos agora o que é a restauração horizontal por indenização efetuada verticalmente. Como já foi exposto em detalhe na seção sobre a providência da restauração centralizada na família de Abraão, o caso de Abraão correspondia ao terceiro na providência para restaurar o fundamento para o Messias no nível de família. Em conseqüência, Abraão estava, naquele tempo, sob a condição do Princípio para realizar a Vontade a todo custo. Por isso, ele tinha que restaurar por indenização, ao mesmo tempo e horizontalmente, todas as condições verticais de indenização acumuladas pela falha da família de Adão e de Noé. Contudo, Abraão falhou em sua oferta simbólica, e a missão teve que ser prolongada ao estágio seguinte. Aqui, Deus teve que estabelecer a Abraão, que havia falhado, na posição de ter obtido êxito, e teve também que estabelecer o prolongamento vertical da providência da restauração, na posição de como se estivesse restaurada horizontalmente por indenização, sem nenhum prolongamento. A fim de operar Sua providência de tal modo, Deus fez com que Abraão, Isaac e Jacó estabelecessem a condição de indenização, todos como uma unidade, centralizados na Vontade, embora fossem três indivíduos diferentes, tal como estudamos na seção sobre a providência da restauração centralizada em Abraão. Assim, Abraão, Isaac e Jacó formavam uma unidade, encarados do ponto de vista da Vontade. Por isso, o êxito de Jacó foi o êxito de Isaac, sendo também o êxito de Abraão. Por conseguinte, embora a Vontade centralizada em Abraão tivesse sido prolongada verticalmente até Isaac, e depois até Jacó, era considerada como estando horizontalmente restaurada por indenização, centralizada em Abraão, sem nenhum prolongamento, quando vista segundo a Vontade,

Portanto, devemos considerar Abraão, Isaac e Jacó como um só homem, Abraão, centralizado na Vontade. Por conseguinte, era como se a Vontade tivesse sido realizada na única geração de Abraão. Na Bíblia (Êx 3.6), Deus é chamado "o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó", indicando assim que essas três gerações eram uma só, quando encaradas deste ponto de vista.

Deste modo, quando Abraão falhou em estabelecer a condição horizontal de indenização, centralizando-se em si mesmo, devido a seu fracasso na oferta simbólica, Deus finalmente pôs o caso na posição como se as condições verticais de indenização, estabelecidas enquanto era prolongado verticalmente o programa através das três gerações de Abraão, Isaac e Jacó, estivessem horizontalmente restauradas por indenização em uma só geração, centralizando-se em Abraão. Portanto, isto se chama a "restauração horizontal por indenização efetuada verticalmente".

4. PERÍODO MATEMÁTICO DE INDENIZAÇÃO PARA RESTAURAR O FUNDAMENTO DE FÉ

Na introdução à Parte II, estudamos que para que a figura central que deve estabelecer a fé restaure o fundamento de fé, deve restaurar o período matemático de indenização para ele. Investiguemos aqui a razão disto.

A forma de Deus é também matemática. Por isso o mundo da criação, centralizado no homem, é o objeto substancial de Deus, com Suas essencialidades duais matematicamente desenvolvidas. Por esta razão, o desenvolvimento da ciência, que busca o princípio das coisas criadas no plano horizontal, é possível somente pela investigação matemática. O primeiro antepassado humano, assim criado, devia tornar-se um ser substancial matematicamente aperfeiçoado, estabelecendo o fundamento de fé, somente depois de ter passado pelo período matemático de crescimento. Já que o mundo da criação, como tal, caiu sob domínio de Satanás, o homem, para restaurá-lo, tem que restaurar por indenização o fundamento de fé, estabelecendo objetos condicionais que simbolizam o mundo da criação, instituindo assim o período matemático de indenização para restaurar o número invadido por Satanás.

Então, por qual número devia o antepassado humano, antes da queda, estabelecer originalmente o fundamento de fé, e que espécie de ser substancial matematicamente aperfeiçoado ele devia se tornar? De acordo com o princípio da criação, nada pode existir sem estabelecer um fundamento de quatro posições. Por conseguinte, Adão e Eva, que estavam no período de imaturidade, também continuaram sua existência pelo estabelecimento do fundamento de quatro posições. Entretanto, este fundamento de quatro posições, com cada posição passando pelos três estágios de crescimento, produzindo no total o número "12", realizaria em conjunto 12 finalidades objetivas. Em conseqüência, o período de crescimento, que era o período para que Adão estabelecesse o fundamento de fé, era realmente o período para completar o número "12".

Portanto, primeiramente os primeiros antepassados humanos, que estavam no período de imaturidade, tinham que estabelecer o fundamento de fé pelo número "12". Assim, completando as 12 finalidades objetivas, tinham que se tornar seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número "12". Contudo, devido à sua queda, isto foi invadido por Satanás. Por conseguinte, a figura central que deve restaurar isto por indenização no curso histórico da providência da restauração, não pode estabelecer o fundamento de substância para restaurar o ser substancial tendo aperfeiçoado o número "12", a menos que possa restaurar por indenização o fundamento de fé, instituindo o período de indenização para restaurar o número "12". Por exemplo; o período de 120 anos da construção da arca por Noé; o período de 120 anos da providência da restauração de Canaã, centralizado em Moisés; o período de 120 anos desde o tempo em que Abraão foi chamado até o tempo em que Jacó estabeleceu a condição que lhe possibilitou restaurar a primogenitura de Esaú; os 120 anos do Reino Unido na Idade do Velho Testamento para a restauração por indenização do período anterior; e o período de 120 anos do Reino Cristão na Idade do Novo Testamento são, sem exceção, períodos de indenização para restaurar o número "12".

Em seguida, Adão e Eva, em sua imaturidade antes da queda, deviam completar o fundamento de quatro posições, entrando na esfera do domínio direto de Deus, o quarto estágio, somente depois de terem passado pelos três estágios do período de crescimento. Conseqüentemente, o período de crescimento, no qual deviam estabelecer o fundamento de fé, era também o período para completar o número "4". Por isso, os primeiros antepassados humanos, que estavam ainda imaturos, deviam ter-se tornado seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número "4", estabelecendo o fundamento de fé através do número "4" e completando o fundamento de quatro posições. Contudo, devido à sua queda, isto também foi invadido por Satanás. Por isso, a figura central para restaurar isto por indenização, no curso histórico da providência da restauração, não pode estabelecer o fundamento de substância para restaurar o ser substancial que aperfeiçoou o número "4", a menos que possa restaurar por indenização o fundamento de fé, estabelecendo o período de indenização para restaurar o número "4".

Como já foi tratado em detalhe (cf. Parte II, Capítulo I, Seção II, I [2]), o julgamento de 40 dias com respeito à arca de Noé, o jejum de 40 dias de Moisés, o período de 40 dias de espionagem em Canaã, o jejum de 40 dias e o período de ressurreição de 40 dias de Jesus, foram todos períodos de indenização para a restauração do número "4", para restaurar o fundamento de fé.

Ademais, o período de crescimento é também o período de aperfeiçoamento do número "21". Por isso, os primeiros antepassados humanos, em sua imaturidade, tinham que se tornar seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número 21, estabelecendo o fundamento de fé por meio do número 21 e assim realizando a finalidade da criação. Contudo, devido à sua queda, isto também foi invadido por Satanás. Por conseguinte, a figura central para restaurar isto por indenização, no curso histórico da providência da restauração, não poderá estabelecer o fundamento de substância para restaurar o ser substancial que aperfeiçoou o número 21, a menos que possa restaurar por indenização o fundamento de fé, estabelecendo o período de indenização para restaurar o número "21".

Estudemos então porque o período de crescimento se torna o período do aperfeiçoamento do número "21". Para conhecermos o significado do número "21", devemos primeiro entender o significado no Princípio dos números "3", "4" e "7". Deus, que é o ser subjetivo com as essencialidades duais combinadas (e perfeitas), é o ser do número "3". A perfeição de uma criatura significa estabelecer as quatro posições, tornando-se um só corpo com Deus. Portanto, para que um indivíduo se aperfeiçoe, deve estabelecer o fundamento de quatro posições, formando uma trindade com sua mente e corpo combinados em harmonia, centralizados em Deus. Do mesmo modo, para que um casal se aperfeiçoe, devem estabelecer o fundamento de quatro posições, formando uma trindade com o homem e a mulher unidos, centralizados em Deus. Outrossim, para que o mundo da criação seja aperfeiçoado, todas as coisas devem estabelecer o fundamento de quatro posições, formando uma trindade com os homens e todas as coisas combinados, em harmonia, centralizados em Deus. E também, para que as coisas criadas estabeleçam o fundamento de quatro posições, fazendo uma unidade centralizada em Deus, tem que passar pelos três estágios de crescimento, realizando assim as três finalidades objetivas. Por este motivo, chamamos ao número "3" o "número celeste" ou "número da perfeição". Deste modo, quando um sujeito e um objeto formam uma trindade fazendo-se um só corpo unido e harmonioso centralizado em Deus, o corpo individual então decide sua posição, como uma criatura guarnecida das quatro direções do norte, sul, leste e oeste, estabelecendo o fundamento de quatro posições. Neste sentido, chamamos ao número "4" o "número terrestre".

Assim, quando uma criatura estabelece o fundamento de quatro posições passando pelo período de crescimento de três estágios, e se aperfeiçoa como uma existência com natureza no tempo e espaço, torna-se um ser substancial que aperfeiçoa o número "7", a soma total do número celeste e o número terrestre. É por isso que todo o período da criação do Céu e da Terra veio a ser de "7" dias. Quando vemos o período completo da criação como um só período, torna-se o período para a perfeição do número "7". Portanto, podemos considerar certo período para que qualquer coisa se aperfeiçoe, como o período de aperfeiçoamento do número "7". Assim, se consideramos os três estágios (Formação, Crescimento e Aperfeiçoamento) que formam o período de crescimento, cada período, individualmente, seria o período para a perfeição do número "7". Podemos então entender que o período inteiro é também o período para o aperfeiçoamento do número "21".

Seguem alguns exemplos do período de indenização do número "21", que as figuras centrais para o fundamento de fé estabeleceram. Durante o período de dilúvio, nos dias de Noé, Deus fez com que Noé enviasse os pombos três vezes, para prefigurar Sua providência dos três estágios. Fazendo com que os espaços de tempo fossem cada um de 7 dias, o período completo, do ponto de vista da Vontade, tornou-se 21 dias (Gn 7.4, 8.10, 8.12). Quando Jacó estabeleceu o período providencial de ir para Harã e depois voltar para Canaã, a fim de instituir o curso da restauração de Canaã em nível familiar, necessitou também de 21 anos, isto é, três vezes sete anos. Ademais, para a restauração por indenização dos 21 anos de Jacó, o período do cativeiro dos israelitas na Babilônia e seu retorno abrangeu 210 anos. O período do cativeiro dos papas e sua volta, também foi de 210 anos.

O período de crescimento é também o período para o aperfeiçoamento do número "40". Por isso, em quarto lugar, os primeiros antepassados humanos, em sua imaturidade antes da queda, tinham que se tornar os seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número "40", estabelecendo o fundamento de fé por meio do número "40", cumprindo assim a finalidade da criação. Não obstante, isto foi invadido por Satanás devido à sua queda. Por isso, a figura central para restaurar isto por indenização não podia estabelecer o fundamento de substância para restaurar o ser substancial que tinha aperfeiçoado o número "40", a menos que pudesse restaurar por indenização o fundamento de fé, instituindo o período de indenização para restaurar o número "40".

Estudemos então porque o período de crescimento se torna o período para o aperfeiçoamento do número "40". Antes de sabermos isto, devemos primeiro compreender o significado do número "10". Se dividirmos os três estágios do período de crescimento cada um, em três níveis, teremos o total de nove níveis. Aqui está a base no Princípio para o número "9". A propósito, as coisas da criação, que foram divididas como o objeto substancial de Deus por meio do desenvolvimento matemático de Suas essencialidades duais invisíveis, só podem realizar a finalidade da criação quando se tornam um só corpo com Deus, voltando à esfera do direto domínio de Deus, o décimo nível, depois de passarem pelos nove níveis do período de crescimento. Por isso, chamamos ao número "10" o "número do retorno". Deus estabeleceu a Noé dez gerações depois de Adão, para instituir o período de indenização para a restauração do número "10", a fim de fazê-lo retornar a Deus.

Entretanto, o fundamento de quatro posições centralizado em Adão e Eva tornar-se-ia o fundamento que tinha aperfeiçoado o número "40", tendo passado cada posição pelos "10" níveis do período de crescimento e assim completando o período matemático de crescimento do número "40" no total. Portanto, o período de crescimento é também o período para o aperfeiçoamento do número "40".

Seguem alguns exemplos do período de indenização do número "40", estabelecidos para a restauração deste fundamento, no curso histórico da providência da restauração: O período de 40 dias desde o tempo em que a arca de Noé descansou sobre o Monte Ararat até que ele enviou os pombos; os 40 anos de Moisés no palácio do Faraó; seus 40 anos no deserto de Midiã; os 40 anos no deserto para a restauração nacional de Canaã, e outros exemplos.

Podemos, pois, compreender que o número "40" no curso providencial da restauração por indenização tem duas espécies de caráter. Um é o número "40", com o número "10", que é o número do retorno, multiplicado pelo número "4", que o homem decaído deve restaurar por indenização. O outro é o número "40" para restaurar por indenização o que Adão, antes da queda, tinha que estabelecer, como tratado anteriormente.

Entretanto, os 40 anos no deserto para a restauração de Canaã em nível nacional foram o período para restaurar por indenização os 40 anos de Moisés no palácio do Faraó e os seus outros 40 anos no deserto de Midiã. Ao mesmo tempo, foi também o período para restaurar por indenização a espionagem de 40 dias e o jejum de 40 dias de Moisés. Em conseqüência, este período de 40 anos, como ficou explanado acima, foi para restaurar por indenização ambos os números "40" das diferentes espécies de caráter, simultaneamente. Este fenômeno ocorre quando a figura central para estabelecer o fundamento de fé horizontalmente, restaura por indenização todas as condições verticais de indenização, ao mesmo tempo. E, quando a providência para restaurar por indenização o número "40" é prolongada, pode ser estendida tanto ao número "400" como ao número "4000", de acordo com a regra da multiplicação por um múltiplo do número "10". Os 400 anos de Noé até Abraão, a escravidão de 400 anos no Egito e os 4000 anos de Adão até Jesus são tais exemplos.

De acordo com o que estudamos anteriormente, vejamos em resumo que espécie de período matemático de indenização deve ser estabelecido para que a figura central na providência da restauração restaure o fundamento de fé. Os primeiros antepassados humanos deviam ter realizado a finalidade da criação, estabelecendo o fundamento de fé de acordo com os números "12", "4", "21" e "40", tornando-se os seres substanciais que tinham aperfeiçoado estes números. Contudo, devido à sua queda, todos eles foram invadidos por Satanás. Por isso, a figura central para restaurá-los por indenização no curso histórico da providência da restauração não pode estabelecer o fundamento de substância para a restauração do ser substancial que aperfeiçoou tais números, pela restauração do fundamento de fé, a menos que estabeleça um período matemático de indenização para restaurar os números "12", "4", "21" e "40".

5. O PERÍODO DE IDENTIDADE DE TEMPO CENTRALIZADO NO NÚMERO DE GERAÇÕES

Deus escolheu a Noé dez gerações (1600 anos) depois de Adão e o estabeleceu como a figura central para restaurar o fundamento de fé. Devemos compreender o significado dos "1600 anos" e das "10 gerações" como o período de indenização para restaurar certos números.

Explicamos anteriormente que o número "10" é o "número do retorno", e que o período de crescimento é também o período para a perfeição do número "10". Por conseguinte, os primeiros antepassados humanos deviam ter se tornado os seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número "10", passando pelo período para o aperfeiçoamento do número "10", por meio do cumprimento de suas porções de responsabilidade. Contudo, devido à sua queda, todas estas coisas foram invadidas por Satanás. Por isso, para operar Sua providência de restauração para o ser substancial que aperfeiçoou o número "10", o número que possibilita ao homem retornar a Deus, Ele deve fazer com que a figura central estabeleça o período de indenização para restaurar o número "10". A fim de levar o homem a estabelecer este período de indenização para restaurar o número "10", Deus chamou a Noé dez gerações depois de Adão, e o instituiu como a figura central para Sua providência de restauração.

Vimos anteriormente que os primeiros antepassados humanos tornar-se-iam os seres substanciais que tinham aperfeiçoado o número "40" somente passando pelo período completo de crescimento, que servia como condição para o aperfeiçoamento do número "40". A propósito, o homem decaído não pode ser instituído como a figura central para restaurar o ser substancial que aperfeiçoou o número "40", a menos que, estabelecendo o fundamento de quatro posições, ele institua o período de indenização para restaurar o número "40", que Adão devia ter instituído. Por conseguinte, cada posição do fundamento de quatro posições deve estabelecer o período de indenização para restaurar o número "40". Por isto, todos eles devem tornar-se o período de indenização para restaurar o número "160", e já que isto deve fazer-se durante 10 gerações como o número do retorno, tudo isso deve ser o período de indenização para restaurar o número "1600". Devido ao fato de terem os homens decaídos que estabelecer tal período de indenização para restaurar o número "1600", Deus escolheu Noé "10" gerações depois de Adão que constituíram 1600 anos.

Depois que a providência da restauração centralizada na família de Noé terminou em fracasso Deus escolheu a Abraão, "400" anos depois, que formaram "10" gerações, e o instituiu como a figura central para Sua providência da restauração. Conseqüentemente, o período de Noé até Abraão foi o período de identidade de tempo para restaurar por indenização o período de Adão até Noé centralizado no número de gerações.

Já estudamos como este período se tornou "400" anos (cf. Parte II, Capítulo I, Seção III, 1). Deus fez com que Noé estabelecesse o período do julgamento de 40 dias para cumprir a finalidade total da restauração matemática por indenização, pelos 1600 anos ou 10 gerações. Contudo, esse período de julgamento de 40 dias foi invadido por Satanás devido ao erro de Cam. Deus se viu, pois, obrigado a fazer com que a figura central encarregada de Sua providência da restauração estabelecesse de novo o período de indenização para restaurar isto. Visto que Deus trabalhara para restaurar o período de indenização para a restauração do número "160" em cada geração depois de Adão, fazendo com que ele continuasse por dez gerações até Noé, Ele tinha também que estabelecer, como o período de indenização para restaurar o número "40" do julgamento, cada uma das dez gerações de Noé até Abraão, que formaram o período idêntico ao anterior.

Contudo, visto que Deus não podia estabelecer o período de indenização para uma geração com apenas 40 dias, Ele fez com que Seu povo estabelecesse o período de indenização para uma geração com 40 anos, a fim de indenizar o fracasso no julgamento de 40 dias com o período de 40 anos, de acordo com a lei da indenização. Isso se assemelhava à restauração por indenização dos israelitas por causa de sua falha na espionagem de 40 dias, com o período de 40 anos vagando no deserto (Nm 14.34). Já que a providência de Deus de fazer com que o povo estabelecesse uma geração com 40 anos se prolongou durante 10 gerações, foram necessários 400 anos para todo o período de indenização.

 

6. PERÍODO PROVIDENCIAL DA RESTAURAÇÃO HORIZONTAL POR INDENIZAÇÃO EFETUADA VERTICALMENTE

Como ficou esclarecido acima, a figura central encarregada da providência da restauração deve restaurar horizontalmente por indenização todas as condições verticais de indenização. Portanto, quanto mais se prolonga a história providencial, tanto mais pesadas se tornam as condições horizontais de indenização que a pessoa de uma geração posterior, encarregada da providência da restauração, deve estabelecer.

Na providência da restauração centralizada na família de Adão, Deus iniciou Sua providência da restauração pela primeira vez. Naturalmente, ainda não havia nenhuma condição vertical de indenização. Deste modo, eles podiam estabelecer o fundamento para receber o Messias muito simplesmente, pelo oferecimento dos sacrifícios simbólicos por Caim e Abel, e pelo oferecimento dos sacrifícios substanciais por Caim, por meio do estabelecimento da condição de indenização para eliminar a natureza decaída, em obediência a Abel. Conseqüentemente, podiam também restaurar o período matemático de indenização para restaurar o fundamento de fé, mediante o período do oferecimento dos sacrifícios simbólicos e dos sacrifícios substanciais. Já que os períodos matemáticos de indenização permaneceram como a condição vertical de indenização, como resultado do prolongamento do período para a providência da restauração devido ao fracasso das ofertas na família de Adão, a figura central que tinha que fundamentar a fé depois de Adão, tinha que instituir o período matemático de indenização para restaurar os números "12", "4", "21" e "40", a fim de restaurar o fundamento de fé.

Em conseqüência, Noé estava na posição, horizontalmente, de restaurar por indenização essa condição de indenização. Por isso, no período matemático de indenização para restaurar o fundamento de fé, ele tinha que estabelecer os seguintes períodos: os 120 anos do período para construir a arca; os 40 dias para o período do julgamento do dilúvio; o período de 21 dias (três vezes sete dias) que ele estabeleceu a fim de enviar os pombos (Gn 7.4, 8.10, 8.12), e o período de 40 dias desde o momento em que a arca repousou no Monte Ararat, até que ele enviou os pombos (Gn 8.8-12).

Devido à falha de Cam, tais períodos matemáticos de indenização, estabelecidos por Noé, foram novamente invadidos por Satanás, ficando assim como condições verticais de indenização. Por isso Abraão tinha que restaurar esse período por indenização, horizontalmente e de uma só vez, por meio de uma oferta simbólica. Contudo, Abraão também falhou na oferta simbólica, e não pôde restaurar esses períodos por indenização. Assim, para novamente restaurar esse período, como o período horizontal de indenização efetuado verticalmente, Deus teve que instituir novamente o período de indenização correspondente a cada um dos números "12", "4", "21" e "40", estendendo o cumprimento de Sua Vontade a Isaac e Jacó.

A providência da restauração centralizada em Abraão abrange o seguinte: 120 anos desde o tempo em que Abraão saiu de Harã até o tempo em que Jacó tomou a primogenitura de Esaú; os 40 anos depois disso, até que Jacó foi abençoado por Isaac com a primogenitura, e depois por Deus, em seu caminho para Harã (Gn 28.10-14); os 21 anos depois disso, até o tempo em que voltou para Canaã com suas esposas, filhos e riquezas, depois de ter completado suas tribulações em Harã (Gn 31.41); e os 40 anos desde a volta de Jacó para Canaã até que foi ao Egito visitar José, que tinha sido vendido. Todos estes foram os períodos horizontais de indenização efetuados verticalmente para restaurar o fundamento de fé. Deste modo, ficou decidida a extensão do período da restauração horizontal por indenização efetuada verticalmente.

SEÇÃO III

Formação e Extensão de Cada Período

na Idade Providencial da Restauração

A idade providencial da restauração é a idade para restaurar por indenização, como identidade de tempo em imagem, a idade providencial para o fundamento da restauração, que é a idade de identidade de tempo simbólica. Estudemos agora a formação e extensão de cada período.

1. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DE ESCRAVIDÃO NO EGITO

Noé estabeleceu o fundamento de fé sobre o fundamento de separação de Satanás pelo julgamento de 40 dias. Este fundamento foi anulado pelo fracasso de Cam, e Deus, para instituir a Abraão na mesma posição, ordenou que ele oferecesse sacrifícios simbólicos sobre o fundamento de ter restaurado por indenização os 400 anos. Contudo, devido à falha de Abraão na oferta, o fundamento foi novamente invadido por Satanás. Deste modo, Deus fez com que os israelitas se submetessem à escravidão de 400 anos no Egito, para nova separação de Satanás, a fim de restaurar o fundamento de 400 anos invadido por Satanás (Gn 15.13). Este período se chama "período de escravidão no Egito" (cf. Parte II, Capítulo I, Seção III, 1). Este foi o período em que se restauraram por indenização, como a identidade de tempo em imagem, os l600 anos de Adão até Noé, a partir do período de identidade de tempo simbólico.

2. O PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DOS JUÍZES

Em I Reis 6.1 se diz:

"No ano quatrocentos e oitenta depois da saída dos israelitas do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão em Israel, no segundo mês, que era o de Ziv, ele começou a edificar o templo do Senhor."

Quando vemos que o quarto ano do Rei Salomão, depois do reinado de 40 anos do Rei Saul e do reinado de 40 anos do Rei Davi, foi dito que era o ano quatrocentos e oitenta depois que o povo de Israel saiu do Egito, podemos compreender que houve aproximadamente um período de 400 anos depois da volta dos israelitas do Egito para Canaã, até o tempo em que o rei Saul foi elevado ao trono. Chamamos a este período o período dos Juízes.

Os israelitas, centralizados em Moisés, tinham que se colocar sobre o fundamento de separação de Satanás pela escravidão de 400 anos no Egito, a fim de restaurar, em nível nacional, a posição de Abraão, que tinha sido estabelecida sobre o fundamento de separação de Satanás pelos 400 anos desde Noé. Mas, devido à incredulidade dos israelitas que voltaram para Canaã centralizados em Josué em lugar de Moisés, este fundamento foi novamente invadido por Satanás. Por causa disso, os israelitas teriam que se separar de Satanás outra vez, para que pudessem novamente restaurar por indenização o fundamento dos 400 anos de escravidão no Egito, que fora invadido por Satanás. O período constituído para este propósito foi o de quatrocentos anos do período dos Juízes, desde a volta dos israelitas para Canaã até o tempo em que o rei Saul foi elevado ao trono.

Este período pôde restaurar por indenização, como a identidade de tempo em imagem, o período de 400 anos de Noé até Abraão.

3. PERÍODO DE CENTO E VINTE ANOS DO REINO UNIDO

Com o desenvolvimento da idade da providência da restauração a fim de restaurar por indenização a idade da providência para o fundamento da restauração, Abraão, que iniciou este curso providencial, estava na posição de Adão, enquanto Moisés estava na posição de Noé e o rei Saul na posição de Abraão. Abraão era a pessoa que devia completar o período providencial para o fundamento da restauração e, ao mesmo tempo, a pessoa para iniciar o período providencial da restauração. Por isto, Abraão tinha, primeiro, que estabelecer o fundamento para receber o Messias em nível de família e, sobre este fundamento, tinha que estabelecer o fundamento nacional para receber o Messias. Assim como Deus tinha, a todo custo, que realizar o fundamento para receber o Messias em nível de família no tempo de Abraão, porque era Sua terceira tentativa, assim também, no tempo do rei Saul, Ele tinha que realizar, a todo custo, Sua providência para estabelecer o fundamento nacional para o Messias, porque era também Sua terceira tentativa.

Abraão não realizou esta Vontade, já que falhou em sua tentativa de restaurar horizontalmente por indenização, centralizando-se na "oferta simbólica", os períodos de 120 anos, 40 dias, 21 dias e 40 dias, que eram os períodos matemáticos de indenização para restaurar o fundamento de fé, estabelecido no tempo de Noé. Assim, para restaurar isto como o período horizontal de indenização efetuado verticalmente, Abraão estabeleceu novamente os 120 anos, 40 anos, 21 anos e 40 anos. Da mesma maneira, o rei Saul, que, em nível nacional, restaurou por indenização a posição de Abraão, também tentou restaurar horizontalmente por indenização, erigindo o templo e centralizando-se nele, os períodos de 120 anos (a vida de Moisés consistiu em três períodos de 40 anos), 40 dias (período de jejum), 21 dias (período da primeira restauração nacional de Canaã), e 40 anos (período no deserto), que foram os períodos matemáticos de indenização para restaurar o fundamento de fé do tempo de Moisés.

Contudo, o rei Saul também caiu em infidelidade, falhando assim em cumprir esta Vontade (I Sm 15 .11-23). Para restaurar esses períodos como o período horizontal de indenização efetuado verticalmente, como no tempo de Abraão, Deus estabeleceu os 120 anos do período do Reino Unido, o período de 400 anos dos Reinos Divididos do Sul e do Norte, o período de 210 anos do cativeiro e volta dos israelitas, e o período de 400 anos de preparação para a vinda do Messias, para finalmente receber o Messias.

Por conseguinte, o período do Reino Unido foi o período para restaurar por indenização os 120 anos em que Moisés estabeleceu, três vezes, o fundamento de fé para a restauração nacional de Canaã.

Estudemos isto mais concretamente. Depois que os israelitas, centralizados em Moisés, tinham sido colocados sobre o "fundamento de separação de Satanás" pela escravidão de 400 anos no Egito, Moisés estabeleceu o fundamento de fé por seus 40 anos de vida no palácio do Faraó. Depois ele tentou conduzir os israelitas a Canaã para construir o templo sagrado. Mas, devido à falta de fé dos israelitas, este curso foi prolongado aos 40 anos de Moisés no deserto de Midiã, e depois ao período de 40 anos em que vagaram pelo deserto.

Do mesmo modo, depois que os israelitas se puseram sobre o fundamento de ter restaurado os 400 anos de escravidão no Egito através dos 400 anos dos Juízes, o rei Saul tinha que estabelecer o fundamento de fé restaurando, com seu reinado de 40 anos, os 40 anos de vida de Moisés no palácio do Faraó; depois teria que construir o templo. Contudo, o rei Saul caiu em infidelidade (I Sm 15.11-23), e, tal como no tempo de Moisés, a Vontade de erigir o templo foi prolongada aos 40 anos do rei Davi, e aos outros 40 anos do rei Salomão, completando assim os 120 anos do Reino Unido.

Este foi o período para restaurar por indenização, como a identidade de tempo em imagem, os 120 anos desde o tempo da saída de Abraão de Harã até que Jacó tomou a primogenitura de Esaú. Em conseqüência, assim como a Vontade para Abraão foi prolongada até Isaac, e depois até Jacó, quando foi realizada, o ideal do templo do rei Saul foi também prolongado ao rei Davi, e depois ao rei Salomão, quando foi finalmente realizado.

 

4. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DOS REINOS DIVIDIDOS DO NORTE E DO SUL

O rei Saul tentou restaurar horizontalmente por indenização o jejum de 40 dias de Moisés para a restauração das palavras, pela realização do ideal da construção do templo durante o período do seu reinado de 40 anos.

Contudo, devido à sua falta de fé, este período teve que ser restaurado como um período horizontal de indenização efetuado verticalmente. Esta foi a providência por detrás do período de 400 anos dos reinos divididos de Israel, no norte, e de Judá, no sul, os quais duraram até que os israelitas tornaram-se cativos na Babilônia.

Este período pôde restaurar por indenização, como a identidade de tempo em imagem, o período de 40 anos desde o tempo em que Jacó tinha estabelecido a condição de tomar a primogenitura de Esaú, por um pouco de pão e sopa de lentilhas, até que veio a receber a bênção de Isaac e de Deus (Gn 28.13), e entrou em Harã.

5. PERÍODO DE DUZENTOS E DEZ ANOS DE CATIVEIRO E VOLTA DO POVO JUDEU

O Reino de Israel do norte, devido à falta de fé do povo, foi levado cativo pela Assíria. Depois disso, o Reino de Judá do sul, devido à sua falta de fé, foi também levado cativo por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Depois de passarem 70 anos cativos na Babilônia, foram finalmente libertos por um decreto real de Ciro, rei da Pérsia, depois da queda da Babilônia sob a Pérsia. Mais tarde o povo judeu voltou para Jerusalém, e Neemias, conduzindo o restante dos judeus, voltou e reconstruiu os muros. Então entraram no período de preparação para receber o Messias, centralizados em Malaquias, o profeta, de acordo com a profecia de Malaquias (Ml 4.5). Este foi o ano 210 desde seu cativeiro na Babilônia, e aproximadamente o ano 140 desde a data de sua libertação. A soma desses períodos é conhecida como o "período de cativeiro e volta do povo judeu".

Realizando o ideal do templo, o rei Saul procurou restaurar horizontalmente por indenização o período de 21 dias em que Moisés tentou pela primeira vez conduzir os israelitas para Canaã. Contudo, visto que ele falhou, devido à sua falta de fé, o período de 210 anos do cativeiro e volta do povo judeu, veio a aparecer a fim de restaurar este período como o período horizontal de indenização efetuado verticalmente.

Entretanto, este foi o período no qual se restaurou por indenização, como a identidade de tempo em imagem, o período de 21 anos de tribulações de Jacó em Harã (Gn 31.41). Os primeiros 7 anos Jacó os empregou para tomar Lia, os segundos 7 anos, para tomar Raquel, e os terceiros 7 anos a partir de então até que voltou para Canaã.

6. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DE PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO MESSIAS

O povo judeu, depois de ter voltado para Canaã, sua pátria, reconstruiu os templos e muros, colocando-se assim como uma nação para receber o Messias, de acordo com a profecia de Malaquias, o profeta. Ao período de quatrocentos anos a partir daquele tempo até o nascimento de Jesus, chamamos "período de preparação para a vinda do Messias".

O rei Saul tentou restaurar horizontalmente por indenização o período de 40 anos no deserto, que os israelitas, centralizados em Moisés, passaram em seu terceiro curso de restauração de Canaã, realizando o ideal do templo. Mas, devido à sua infidelidade, isso novamente terminou em fracasso, e o período de 400 anos de preparação para a vinda do Messias foi estabelecido, a fim de restaurar este período como o período horizontal de indenização efetuado verticalmente.

Este foi também o período em que restaurar-se-ia por indenização, como a identidade de tempo em imagem, o período de 40 anos desde a volta de Jacó, de Harã para Canaã, até que ele visitou o Egito para encontrar-se com José, que tinha sido vendido por seus irmãos.

SEÇÃO IV

Formação e Extensão de cada Período

na Idade Providencial do Prolongamento da Restauração

A idade providencial do prolongamento da restauração é a idade em que é possível restaurar por indenização, como a identidade de tempo substancial, a idade providencial da restauração, que é a idade de identidade de tempo em imagem. Por isso, nesta idade, cada unidade de tempo e sua extensão, que formam a idade providencial da restauração, são restaurados por indenização.

1. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DE PERSEGUIÇÃO PELO IMPÉRIO ROMANO

Jesus veio para realizar a Vontade para Abraão, o Pai da Fé. Sabemos que os israelitas separaram-se de Satanás por meio de seus 400 anos de escravidão no Egito, para restaurar por indenização, sobre a base nacional, o fundamento de fé, que Abraão tinha falhado em estabelecer, devido ao seu erro na oferta simbólica.

Da mesma maneira, os cristãos tiveram que suportar um período semelhante ao período de escravidão no Egito, a fim de restaurar por indenização o fundamento de fé deixado sem realizar, devido ao fracasso do povo judeu em oferecer Jesus como um sacrifício vivo. Foi este o motivo para o período de 400 anos de perseguição pelo Império Romano. Em 313 d.C., depois de terrível perseguição pelo Império Romano, o Imperador Constantino reconheceu publicamente o Cristianismo. Em 392 d.C., Teodócio I declarou o Cristianismo a religião do Estado. Por isso, este foi o período em que se restaurou por indenização, como a identidade de tempo substancial, o período de 400 anos de escravidão dos israelitas no Egito, a partir do período de identidade de tempo em imagem.

2. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DAS IGREJAS CRISTÃS SOB O SISTEMA PATRIARCAL

O período de 400 anos dos Juízes ocorreu no período da providência da restauração, o período da identidade de tempo em imagem. Durante este período, o povo de Israel foi governado pelos Juízes. Por conseguinte, durante a idade providencial para o prolongamento da restauração, o período de identidade de tempo substancial, ocorreria também o período no qual restaurar-se-ia por indenização este período de 400 anos dos Juízes. De fato, este foi o período de 400 anos das igrejas cristãs sob o sistema patriarcal, no qual o povo foi conduzido pelos Patriarcas, correspondendo aos Juízes. Durou desde o tempo em que o Cristianismo foi reconhecido publicamente pelo Império Romano como a religião nacional, até o tempo da coroação do Imperador Carlos Magno em 800 d.C.. Por conseguinte, este foi o período em que se restaurou por indenização, como identidade de tempo substancial, o período de 400 anos dos Juízes, a partir do período da identidade de tempo em imagem.

3. PERÍODO DE CENTO E VINTE ANOS DO REINO CRISTÃO

Na idade providencial da restauração, o povo de Israel estabeleceu um reino pela primeira vez, centralizando-se no rei Saul. Depois disso, formaram o período do Reino Unido durante 120 anos, desde o rei Saul, através do rei Davi até o rei Salomão. Em conseqüência, a fim de restaurar esta idade por indenização, veio o período do Reino Cristão. Este abrangeu os 120 anos desde a coroação do Imperador Carlos Magno em 800 d.C., até que sua herança real cessou, e Henrique I foi eleito rei da Alemanha, em 919 d.C. Por conseguinte, este foi o período que restaurou por indenização, como a identidade de tempo substancial, o período de 120 anos do Reino Unido, a partir do período de identidade de tempo em imagem.

4. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DOS REINOS DIVIDIDOS DE LESTE E OESTE

Durante o período do Reino Unido, no período da providência da restauração, o templo sagrado não permaneceu na vontade de Deus. Finalmente o reino dividiu-se em norte e sul, começando assim o período de 400 anos dos reinos divididos. Portanto, na idade providencial para o prolongamento da restauração ocorreria também um período para restaurar este período por indenização.

Este foi o período de 400 anos dos reinos divididos de Leste e Oeste, que durou desde o tempo em que terminou o período do Reino Cristão até que o Vaticano se trasladou para Avignon, no sul da França, em 1309. Inicialmente, o Reino Cristão dividiu-se nos três reinos dos Francos do Leste, Francos do Oeste e Itália. Mas, visto que a Itália estava sob o domínio dos Francos do Leste, que tinham sucedido ao Sacro Império Romano, o reino foi, de fato, dividido em dois reinos, do Leste e do Oeste. Por conseguinte, este período serviu para restaurar por indenização, como a identidade de tempo substancial, o período de 400 anos dos reinos divididos do Norte e do Sul, a partir do período de identidade de tempo em imagem.

 

5. PERÍODO DE DUZENTOS E DEZ ANOS DO CATIVEIRO E DA VOLTA PAPAL

Durante o período dos reinos divididos do Norte e do Sul, o reino idólatra de Israel do norte foi destruído pela Assíria, e o reino do sul, Judá, também caiu na infidelidade e falhou em reconstruir o ideal do templo. Por conseguinte, 210 anos passaram-se desde o tempo em que os judeus foram levados cativos para a Babilônia, o mundo satânico, até que ergueram o templo novamente, depois de sua volta. Portanto, a fim de restaurar este período de indenização, veio o período de 210 anos do cativeiro e da volta papal. Durou desde o tempo em que o Papa Clemente V transladou a Santa Sé, em 1309, de Roma para Avignon, no sul da França, até que os papas retornaram a Roma e mais tarde viram a revolução religiosa em 1517. Por conseguinte, este período serviu para restaurar por indenização, como a identidade de tempo substancial, o período de 210 anos de cativeiro e da volta dos judeus, a partir do período de identidade de tempo em imagem

6. PERÍODO DE QUATROCENTOS ANOS DE PREPARAÇÃO PARA O SEGUNDO ADVENTO DO MESSIAS

O povo judeu, que voltou para Jerusalém depois de sua libertação do cativeiro na Babilônia, levantou-se para reformar a política e a religião, centralizando-se no profeta Malaquias. De acordo com sua profecia (Ml 4.5), começaram a fazer preparativos para receber o Messias; e, depois do período de 400 anos, finalmente receberam o Messias.

Por isso, a fim de restaurar esse período por indenização, mesmo na idade providencial do prolongamento da restauração, deve haver um período de 400 anos, desde o tempo em que se iniciou a revolução religiosa, em 1517, centralizada em Lutero, depois que o Papa voltou para Roma, de sua prisão em Avignon, antes que possamos receber o Senhor do Segundo Advento. Este é o período de preparação para o Segundo Advento do Messias. Por conseguinte, este período serve para restaurar por indenização, como a identidade de tempo substancial, o período de 400 anos de preparação para a vinda do Messias, a partir do período de identidade de tempo em imagem.